“Preparem-se bem!”. Assim mesmo, com ponto de exclamação. Alexandre Marreiros recomenda aqueles que estão interessados em fazer apresentações no WordCamp Porto que façam o trabalho de casa. Além de preparados, devem estar prontos a ser “originais, esforçados e incisivos”.
Fala quem sabe. Quem subiu ao palco do WordCamp 2012, em Lisboa, para falar sobre a implementação de plugins.
Alexandre Marreiros é licenciado em Engenharia de Informática e Computadores pelo ISEL. Desde Janeiro de 2010 exerce as funções de CTO da Innovagency.
Acedeu ao nosso convite para responder a algumas questões sobre o WordCamp, WordPress e anunciar que o calendário lhe diz que a 9 e 10 de Novembro vai estar num certo evento no Porto.
Qual foi o tema abordado na apresentação?
O tema da minha apresentação foi a implementação de plugins para a framework WordPress. Os plugins são de todos os mecanismos de extensibilidade do WordPress os que tem maior potencial, infelizmente nem toda a comunidade os entende ou sabe como implementar. O objectivo da sessão era precisamente sensibilizar os programadores de uma forma descontraída mas incisiva para o desenvolvimento e uso deste mecanismo assim como explicar alguns dos pormenores que ocorrem nos bastidores do runtime do WordPress.
É um tema que ainda se mantém actual?
Sem dúvida. Até porque para além do conhecimento programático dos plugins nos permitir entender grande parte dos conceitos base do runtime do WordPress, permite a quem se dedica ao desenvolvimento de soluções baseadas em WordPress ser mais acertivo e “modular”. Para além disso sendo os plugins uma das features mais potentes de extensibilidade do WordPress há todo um “mercado” baseado nesse tipo de desenvolvimento que tem crescido imenso e que se encontra muito longe de estar esgotado.
Ainda mantém o entusiasmo no WordPress?
Sim. Tem sido interessante ver a adopção da plataforma WordPress crescer, como tem crescido, desde a blogoesfera até ser usada como core para gestão de conteúdos no digital, onde cada vez mais vemos soluções ‘não web’ a usarem o WordPress como Backend. É uma plataforma onde ainda há muito trabalho a fazer e com um potencial de crescimento enorme.
Como chegou ao WordPress?
Comecei a usar o WordPress para um blog particular e rapidamente o comecei a adoptar numa lógica de backoffice de soluções web que desenvolvia em regime de freelancing isto numa fase em que ainda não se via o WordPress como uma plataforma de CMS. Usava também o WordPress como fornecedor de conteúdos via feeds para “3rd party aplications” na epoca em que se falava muito da adopção de webservices mas em que o paradigma usado era maioritariamente o SOA, o que para o tipo de soluções rápidas e desacopladas que pretendia era demasiado pesado. Foram assim os primeiros contactos técnicos que tive com o WordPress em meados de 2005/2006.
Alguma sugestão para os potenciais oradores do próximo WordCamp?
Sim. Preparem-se bem! O WordCamp tem por norma uma audiência multidisciplinar e muito interventiva e com bons skills na matéria WordPress, como tal merecem temas que realmente puxem pela plateia e ajudem a quem assiste a alcançar um nível superior. Sejam originais, esforçados e incisivos.
Vai estar no WordCamp Porto?
Provavelmente sim, pelo menos já está marcado na minha agenda ;).
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